Por: Dayvidson Soares
Com passagens pelas categorias de base do Vasco da Gama,
América-Mg e Atlético-Mg, Bernardo Frizzoni deixou o Brasil muito jovem para
atuar no futebol europeu. Na Europa jogou em países como Eslováquia e Hungria,
hoje defende o Lombard Pápa, da Hungria, seu 5º clube no país. Clube em que foi
contratado esse ano para ser o camisa 10 da equipe, já é titular e está fazendo
grandes jogos.
Foto: Divulgação |
Como foi o inicio no futebol, defendendo o Vasco da Gama?
A copa de 94 me influenciou muito, desde então já decidi
que a minha profissão era de ser jogador. Com 13 anos pintou uma oportunidade
de testes no Vasco, fui bem sucedido e então deixei a minha família e me mudei
para o alojamento em São Januário. Tudo muito novo pra mim, mas uma experiência
muito boa.
Fale um pouco da sua passagem pelo América-Mg e
Atlético-Mg:
Então, eu joguei na base do América-MG por 2 anos, mas
não estava feliz, então o treinador do Juvenil do Atlético-Mg se interessou e
fiquei lá no galo durante 3 meses, mas não conseguimos chegar a um acordo,
então voltei pra minha cidade natal(Juiz de Fora).
O que fez você deixar o Brasil rumo ha Hungria?
Oportunidade. Creio muito nas oportunidades, estava no
Brasil, jogava no Volta redonda -RJ e fazia faculdade, pintou a oportunidade
então eu vim. Além do sonho.
Antes de defender o Lombard Pápa, você jogou em 4 clubes,
fale um pouco sobre sua passagem por cada:
Sim, joguei no Honved, um time com grande história e
inclusive revelou o principal jogador do país e um dos melhores do mundo,
Puskas. Depois me transferi para o F K Moldava na Eslováquia. Logo depois o
DVTK, clube no qual tem uma torcida muito parecida com a dos times brasileiros,
é sem duvida muito fervorosa.
E no Zalaegerszeg todos me conheciam, onde eu estava
apareciam fãs em busca de autógrafos. Um clube grande, como se fosse o
Palmeiras aqui, há dois anos o time caiu para a 2ª divisão, fizemos de tudo
mais não conseguimos levar o time de volta a 1ª divisão.
Como foi jogar na Eslováquia?
Você foi contratado recentemente, como está sendo jogar no Lombard Pápa?
Está sendo muito bom, voltar a jogar a 1ª divisão da Hungria, é um ótimo clube. Graças a Deus estou me adaptando bem, já sou titular e estamos fazendo boas partidas. Recebi a camisa 10 e é uma honra jogar com essa camisa.
Você joga de ponta esquerda, fale sobre suas
características:
Gosto de misturar a força com habilidade, acho que são as
minhas características principais.
Quais as semelhanças e diferenças do futebol no Brasil
para o Europeu?
Jogador europeu é muito disciplinado taticamente, e eu
não era quando jogava no Brasil, mas aprendi a ser aqui. A adaptação é
importante, me concentro muito nisso, por que jogador brasileiro sempre se
destaca tecnicamente. Quando cheguei, fazia jogadas lindas e o treinador nem falava nada, quando
algum outro jogador dava carrinho ou jogava feio ou simples o treinador dava moral, logo
percebi e procuro fazer o mais simples possível. Mas a força física é
importante também.
Como é a vida aí na Hungria?
Agora? Frio, muito frio (risadas), já me adaptei, falo um
pouco da língua e tal, acho que é o mais difícil, creio que nem o frio bate de
frente com a língua (risadas).
Já recebeu alguma sondagem para defender a seleção
Húngara? Tem interesse em defender a seleção?
Sim, já ouvi boatos mas nada de concreto. Acho que tudo é
possível, como eu disse oportunidades são sempre criadas. Eu faço minha parte,
dentro e fora de campo. Claro que sonhamos com a seleção Brasileira, mas tudo é
possível.
Pensa e tem interesse em voltar para o Brasil?
Claro, não fujo as minhas origens, meu churrasco, aquele
sol maravilhoso. A gente só da valor pra nossa pátria quando sai dela. Não
existe lugar melhor que o Brasil, mesmo com todos os problemas. Mas quem não
tem problemas não é verdade?
Para encerrar, quais são seus sonhos e objetivos no
futebol?
Tenho muitos, quero fazer uma ótima temporada aqui, conquistar
títulos, jogar em equipes grandes de outros países da Europa e voltar ao
Brasil. Enquanto eu tiver o arrepio antes de entrar em campo e a minha parte
física colaborar vou jogar, não me vejo fazendo outra coisa.
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